Férias com o seu gato (I)


A maioria das pessoas escolhe o Verão para tirar as suas férias. O tempo está quente, os dias são maiores e, sinceramente, não apetece fazer nada. Quando se tem um gato, sabemos que chegou a altura da férias (o tempo quente) quando, em vez de termos a bolinha enrolada aos nossos pés, o nosso gato dá dois passos, deita-se e estica-se completamente.
Antes de ir de férias, no entanto, deverão fazer-se algumas escolhas e ter alguns cuidados:

Passo 1 - Vai ou fica?

É importante perceber que a maioria dos gatos não gosta de sair do seu mundo e enfrentar novos desafios desconhecidos. Por isso é essencial compreender se o local de férias é conhecido do seu gato e se a viagem é de curta ou de longa duração.

Já conheço?

Os locais conhecidos pelo seu gato já possuem muitas vezes o seu próprio cheiro e marcação. Para eles, um local familiar vai representar muito menos stress e uma mais fácil e rápida adaptação. Neste caso é um ponto a favor de levar o seu gato!
No entanto, não esquecer os vários pontos de segurança que deverá sempre ter:

Há acesso à rua? 
Identifique-o com coleira, microchip, avise os vizinhos mais próximos.

Existem outros gatos (com acesso à rua) nas redondezas? 
Cuidado com os residentes que podem não gostar de intromissões no seu território. Pense seriamente em vacinar o seu gato contra a Leucemia felina, se estiver já no seu protocolo vacinal. A Leucemia felina transmite-se através de contacto directo entre gatos e a maioria destas infecções, em gatos exclusivamente de interior, ocorre nas férias, quando o seu estilo de vida altera-se.

 Já chegámos? Já chegámos?

A duração da viagem também é importante. Os gatos, salvo algumas excepções não são fãs das viagens. 

A maioria das vezes, são apresentados à caixa transportadora uns minutos antes da viagem e esta termina (quase) sempre no local menos apetecível possível - o Consultório Veterinário! Por esta razão é importante que se torne a caixa transportadora numa extensão de casa, ou seja, num local sagrado, onde se podem refugiar e não num local de onde se foge (tema para outro post futuro).

Viagens mais longas vão provocar mais stress, mais enjoo, menos probabilidade de querer repetir a experiência. É possível administrar medicação ansiolítica e contra o enjoo, para tornar a viagem mais agradável.

De uma forma geral, férias de curta duração (entre 1 a 7 dias), com viagens longas, não trazem grandes benefícios ao seu gato. Neste caso, provavelmente ele prefere ficar no seu espaço, mesmo que tenha de pedir a um amigo/vizinho que vá verificar como está o seu patudo periodicamente. 


 

No próximo post: Férias com o seu gato (II)