Dirofilariose em Gatos

Ciclo Biológico da Dirofilaria

A Dirofilariose é uma doença cardio-pulmunar, causada pelo parasita Dirofilaria immitis. Este parasita pode infectar cães, gatos, seres humanos e outros animais de sangue quente.
É transmitido por mosquitos vectores e, pelo facto dos gatos não serem o hospedeiro natural deste parasita, esta doença tem passado despercebida ao longo dos anos, nestes animais.
De facto, em zonas endémicas (onde seja comum) de Dirofilariose em cães pensa-se que haja uma prevalência de +/- 10% de Dirofilariose em Gatos, relativamente à % existente em cães.
É também importante compreender que 25% dos casos de Dirofilariose em gatos foi encontrada em animais exclusivamente de interior.

Como se transmite?

Os mosquitos vectores retiram as microfilarias (L1 da D. immitis) de um animal infectado, durante a sua alimentação de sangue, e estas larvas vão maturar dentro do próprio mosquito (até L3). Após esta maturação, dá-se a possibilidade de transmissão para um novo hospedeiro através de uma nova picada.
Nos gatos, ao contrário do que sucede nos cães, a maturação destas microfilarias pode não ocorrer até ao estádio de adulto. Estes estádios adultos irão alojar-se no coração e aí permanecer, dando o nome popular à doença de "Lombriga/Verme do Coração". No entanto, a infecção por microfilárias segue um caminho diferente no organismo dos gatos, podendo atingir os pulmões e criando aí uma resposta inflamatória semelhante à bronquite asmática.

Factores de Risco

- Qualquer gato que não receba um tratamento preventivo está em risco.
- Qualquer gato que viva num região endémica (que é o caso de Portugal).

Sintomas

Muitas vezes a infecção passa despercebida, no entanto os principais sintomas são:
- tosse ou/e dispneia (dificuldade em respirar); até 50% dos gatos apresenta-se com dificuldades respiratórias e alterações ao nível da auscultação torácica.
- vómitos, sinais neurológicos e possivelmente morte súbita;
- Raramente sinais cardíacos, já que a maioria das larvas não consegue chegar à fase adulta.

Como se diagnostica

O diagnóstico é feito pela soma da sintomatologia com alguns testes: radiografia, ecocardiografia e testes rápidos de antigenios e de anticorpos.

Prevenção

Deverá iniciar-se às 8 semanas de idade e continuar permanentemente.
A prevenção passa pela administração mensal de um comprimido e a aplicação de uma pipeta spot-on. Qualquer destas hipóteses tem também um componente antiparasitária contra parasitas intestinais e/ou ectoparasitas (pulgas).